CONHEÇA MAIS!

CONHEÇA MAIS!
CLIQUE NAS IMAGENS DA LATERAL PARA NAVEGAR PELO NOSSO ACERVO DIGITAL

terça-feira, 13 de março de 2012

A doçura de Deus


O coração grande é uma condição para a experiência da vida verdadeira. A outra marca é a alegria indizível do amor. Em latim está escrito: «inenarrabili dilectionis dulcedine = a indescritível doçura do amor.» (...) «Dulcedo» é para os latinos o mesmo que o amor. O amor é doce. Tem um sabor doce. Os latinos sabiam que o amor ao homem empresta outro sabor, ao contrário do ódio que faz o homem amargo. Para os latinos, a sabedoria está no sabor (Sapientia). Quem saboreia a essência, é sábio. Quem ama sente um sabor doce e agradável, um sabor amoroso. Quem ama saboreia a vida.

Na tradição espiritual, a «dulcedo Dei = A doçura de Deus» desempenha um papel importante. A experiência de Deus deixa no homem um sabor doce. A «dulcedo Dei» relaciona-se sempre com a experiência interior de Deus nos próprios corações. Deus não é o sentimento. Mas deixa os seus vestígios no sentimento. Não conseguimos ver Deus, mas podemos saboreá-lo. O sabor doce é a experiência mais profunda de Deus que nos é possível. Para o papa São Gregório Magno, a doçura interior é fruto da contemplação. Ele diz que a alma não existe sem alegria. A alegria indestrutível é a alegria espiritual. Na contemplação, a alma é penetrada por uma doçura inenarrável. São Bento entende esta doçura da experiência de Deus, quando se refere à inenarrável «dulcedo» do amor.

Anselm Grün, em "Bento de Núrsia - Mestre da Espiritualidade"

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...